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11 de março de 2007

What I found

I am restless
and time seams endless
my eyes are wide open
and blood is rushing to my head

I play with reality
and reality plays with me
I dance to a funny song and don't care who sees
I make funny faces and don't care if it gives me wrinkles

I smile and see that someone smiles back
and everything makes sense
even though it doesn't

It's like I'm cought in a dream, one of those you don't want to wake up from
it's broad daylight and I float in the clouds
for moments in a day...it feels like childhood again

nothing can bring me down
not the rain, not the crazy world around me,
not curious and judging eyes on me,

not even my deepest fears will pull me from where I am

I am restless
but in peace
because I have found the child-soul in me that i thought was lost

26 de fevereiro de 2007

Deus

Este fim de semana um amigo disse-me, a propósito da existência (ou não) de Deus, que “deus está em todas as coisas boas que fazemos, está na parte boa que existe em nós”. Eu, que me assumo agnóstica em relação a essa assunto, pus-me a pensar nisto. Se deus está dentro de nós, se não é uma entidade superior, reguladora e castigadora em que os católicos acreditam, se não é omnipotente e existe apenas na parte boa do Homem... então, deus está em vias de extinção. Ou não?

23 de outubro de 2006

Sabemos que estamos a ficar velhos

...quando saímos à noite para beber um copo.

Não que me sinta velha, muito pelo contrário. Sinto-me cada vez mais irresponsável e irreverente. Mas, mas... o tempo realmente passa e a nossa perspectiva muda.

Na sexta feira fui sair com alguns amigos, fomos a um bar em Almada velha, a mesma zona que frequentava aos meus vinte anos. Fomos a um bar chamado "Lado Negro", frequentado maioritariamente por góticos e metaleiros. Mas acreditem, é um dos poucos bares onde me sinto bem. Depois fomos dar uma volta pelas antigas ruas de Almada onde os bares se situam, e que estavam repletas de jovens quimicamente "alegres" e barulhentos. A dada altura, há alguém do grupo que diz, "fogo, isto é só putos!". Eu ri-me e disse "não, nós é que estamos mais velhos, os miúdos têm a mesma idade que nós quando frequentávamos estas ruas". E é. Mas quase esquecemos que tivemos aquela idade e fizemos aquelas figuras que todos censuravam.

Se me senti "deslocada"? Completamente. Não me identifiquei com nada. Será isto crescer? Não sei. Preferia estar num lugar mais calmo, menos confuso e barulhento. Confesso que senti até um pouco de receio. Houve uma altura em que vimos carros de polícia e alguns agentes perto do miradouro. Depois descobrimos que estavam a tentar acalmar uma rapariga que estava em transe completo, aos berros e a espernear por todo o lado. Não sei o que se passou com ela, mas também não me interessou muito. De repente, apetecia-me sair dali. Já não era bem a minha praia. Por todo o lado onde olhasse, havia alguém a cair para o lado de bêbado ou a fazer figuras tristes. Ainda pensei, será que eu fazia estas figuras também? Cheguei à conclusão que não, não fazia. Havia muita gente que fazia, mas parece-me que hoje é diferente. Hoje os miúdos não só bebem, como fazem misturas suspeitas, tomam coisas estranhas de que nunca sequer ouvi falar. Hoje olho para eles e vejo miúdos de 17 e 18 anos que parecem ter já 20 e tal. Vejo as raparigas sem qualquer pudor e modéstia. Vejo que miúdos de 13 e 14 anos fumam e bebem sem ser às escondidas e exageradamente. Vejo não respeitam o ambiente e as pessoas mais velhas e estão-se nas tintas para o futuro.

Estarei a ficar conservadora como eram os nossos pais? Talvez... ou talvez as coisas estejam realmente a mudar.

Uma coisa é certa. Ir aos bares de Almada já não é o que era.

19 de outubro de 2006

Anúncio Dove

Este anúncio apanhou-me desprevenida e surpreendeu-me pela positiva. Cheguei ao fim com uma sensação de alívio. Não pelo óbvio "desmascarar" do mito de beleza actual, mas porque acho que o clip transmite uma mensagem importante. A instituição de beleza imposta nos dias de hoje chegou a um ponto absurdo. O que vemos na televisão, nas revistas e no cinema não é real, são produtos e pessoas manipulado digitalmente. Para que a nossa mente também não seja manipulada, é fundamente que haja uma vertente que nos lembra que todo o ser humano é feito do mesmo e que todos nós, com os mesmos "efeitos especiais", também podemos ser perfeitos. Não que isso seja importante, mas é importante saber que os modelos que uma grande parte das pessoas segue, principalmente jovens, não são mais do que produtos fabricados.
Espero que este seja apenas um passo num ainda longo percurso quem tem de ser feito no sentido de criar padrões de beleza mais saudáveis.

Uma mensagem da Dove para todas as mulheres, para que se lembrem que os padrões de beleza estabelecidos pela toda a comunicação social não têm nada e real.

Assim também eu!

14 de setembro de 2006

Your body is your temple

Nunca um ditado esteve tão perto da verdade nos dias que correm. E quando digo correm, é no sentido literal. Os dias não passam, correm. Nós não vivemos, corremos. Já nem paramos para pensar, e quando o fazemos, também é correr. Tudo é feito à pressa e a metro. O nosso corpo já se habituou ao ritmo frenético do século XXI e a nossa mente, com alguma dificuldade, tenta acompanhá-lo. Ou será o contrário? Seja como for, ambos estão descontrolados. É este desequilíbrio que faz com nos sintamos mal na nossa pele.
Parece que quem inventou esse ditado já adivinhava que no futuro, as pessoas tratariam os seus corpos como se fossem meros invólucros descartáveis. Mas não são. São a nossa primeira casa. É o que nos protege.

Tenho andado a pensar muito nisto. Tenho sentido que o meu corpo cada vez mais comunica comigo e me diz como o devo tratar bem, que o devo valorizar mais. Talvez seja da idade, afinal já cá cantam 34!

Mas nunca um ditado fez tanto sentido. Valorizarmos, amarmos e adornarmos o nosso templo poderá ser a tarefa mais importante que tenhamos que fazer na nossa vida. Tudo o resto virá por acréscimo. Tudo o resto poderá ser vivido de forma mais equilibrada se tratarmos o nosso corpo como um templo sagrado e valioso.


Corpo são, mente sã.

imagem retirada daqui

Dito isto, vou-me reinscrever no ginásio e praticar ioga ou coisa que o valha. Senão, lá se vai a moral.

5 de setembro de 2006

Acabe com a crise?

Estou no carro e pensamentos sobre a vida martelam na minha cabeça. Acabo de saber da morte de uma pessoa muito querida que já não via há muito tempo (meu tio Tanche) e vou a caminho do aeroporto despedir-me da minha sobrinha. Como se não bastasse, estou num trânsito infernal. Estou a pensar como a vida é injusta. De repente, os meus olhos que vagueavam sem olhar para coisa nenhuma, vão ao encontro a um cartaz no muro que diz "Acabe com a crise". É um cartaz de uma igreja qualquer.

Coincidência engraçada não é? Penso: a ideia está certa, mas os meios, completamente errados. Não existe uma única igreja que salve seja o que for. Se alguém tem que acabar com alguma crise, somos nós.

Mas é difícil, principalmente quando somos abalroados por notícias tristes... e hoje em dia, isso acontece todos os dias. Basta ligar a televisão, abrir o jornal, ouvir conversas. Basta estarmos vivos para saber.

Tem que haver uma forma de encararmos a vida de forma mais positiva, mas há tanta gente a fazer merda e tanta boa gente a ir-se embora que se torna difícil.

29 de agosto de 2006

O Olfacto

Não vos acontece terem uma sensação de dejá vu quando sentem um determinado aroma?

Acontece-me constantemente. Sou muito dada a cheiros. Considero o olfacto o sentido mais apurado e fascinante que temos. Desde miúda tenho a mania de cheirar tudo, os lençois, a roupa, as salas onde entro, a comida, os perfumes das pessoas que passam, as ruas, os livros. Uma das sensações mais agradáveis para mim é sentir o cheiro de um livro novinho em folha.

Depois, existem os cheiros que nos lembram momentos passados, coisas vividas. São estes os mais importantes, são os que me fascinam mais. Há cheiros que não esqueço, há cheiros que ficam registados no nosso subconsciente para sempre, e quando reaparecem, parece que revivemos aquel momento. Tudo o resto se dilui naquele momento de regressão, em que fazemos uma viagem interior intensa da qual não conseguimos fugir.

Por exemplo, quando passa alguém que deixa para trás o cheiro de um perfume que conhecem, não se lembram repentinamente de alguém? Ou quando sentem o cheiro a lenha queimada, não vos lembra uma noite passada à frente de uma lareira? Quando sentem o cheiro de relva molhada, não vos faz lembrar um dia de brincadeira à chuva quando eram pequenos? Pois para mim, são dos momentos mais preciosos que vivo.

Se fecharmos os olhos e nos deixemos levar pelo silêncio, resta-nos o olfacto, e neste momento, somos levados para um universo completamente diferente daquele que conhecemos visualmente. É um universo em bruto, que conseguimos absorver de uma forma pura e completa.

23 de agosto de 2006

A felicidade

Por vezes a felicidade está tão próxima
que temos medo de avançar
Ela parece sorrir-nos,
Mas não confiamos
Será mais seguro ficar onde estamos?
A dúvida afasta-nos do caminho
A felicidade, ali a dois passos
e não somos capazes de a acolher
É um espaço aberto, vazio e incerto
a entrada é uma porta aberta,
mas do outro lado há uma estranha luz
a luz que tememos
É uma luz vazia que nos preenche
não sabemos se não conforta
ou se nos assusta
É um sentimento confuso
Será esse o estímulo que nos permite viver?
Será a felicidade um objectivo a desejar
e não a alcançar?
Por vezes a felicidade está tão perto
mas como poderemos saber se é real?
como poderemos senti-la sem sentirmos medo?

11 de agosto de 2006

Velórios

Dois velórios no espaço de uma semana, o do Paulo e ontem do pai de um amigo.

É de uma pessoa ficar mesmo com o espírito em baixo.

Ironicamente, tanto um velório como o outro serviu de ponto de reencontro entre pessoas que já não se viam há muito tempo. Põe-se a conversa em dia, combina-se qualquer coisa...
Não é estranho? Quando as pessoas se juntam é nestas alturas. E é nessas alturas que pensamos, "bolas, é preciso acontecer uma desgraça para as pessoas se encontrarem". Ninguém gosta de velórios, é certo, mas a verdade é que são das poucas alturas em que encontramos pessoas das quais nos afastamos por circunstâncias naturais da vida. Em casamentos também, mas nem todos são convidados para um casamento. Num velório de alguém querido ou conhecido, vai-se sempre.
Logo a seguir fomos beber umas cervejas bem frescas para animar um pouco. Falou-se do passado, de recordações boas, é a única coisa que alivia um pouco. Nestes momentos, são as recordações boas que nos valem.

9 de agosto de 2006

Cada momento é uma dádiva

Quando sabemos da morte de um amigo ou de alguém que conhecemos, repensamos a nossa vida e organizamos mentalmente as nossas prioridades e as nossas perspectivas. Sentimo-nos impotentes perante a força do destino (se é que existe tal coisa) , percebemos quão pequenos e frágeis somos e choca-nos a rapidez e frieza com que a vida nos é arrancada. Tantos sonhos, projectos de vida...tudo desaparece num último sopro de vida.
Ontem soube da morte de um amigo que já não via há muitos anos porque vivia no estrangeiro. Vi-o há algumas semanas de relance no aeroporto, mas não nos falamos. É daquelas coisas, vi-o ao longe e pensei "ah ele não me viu, teremos outras oportunidades de falar". Mas não tive outra oportunidade. Devia ter ido lá, devia ter ido falar com ele. Vi-o ontem pela última vez, dentro de um caixão coberto de bonitas flores. A morte não tem nada de bonito. É cruel e escolhe as suas vítimas aleatoriamente, seja quem for e o que significam para os outros. Chega e vence. Senti-me mal. Custou-me imaginar um Paulo sorridente e cheio de vida ali dentro, no escuro e sem vida.
É nestes momentos que repensamos a vida. É uma vida estupidamente curta, mas mesmo assim há quem vá muito antes do seu tempo. Paulo morreu estupidamente num acidente de mota, tinha apenas 30 anos.
Cada momento é uma dádiva, aproveitemo-los como se não houvesse amanhã.

6 de agosto de 2006

Ontem

A praia estava óptima, como eu gosto.
O sol começa a pôr-se, as pessoas preparam-se para ir embora, o mar a acalma-se e as gaivotas chegam.
Quando eu mais gosto de estar na praia é quando a maior parte já fez o que queria fazer na praia, ou seja, apanhar um escaldão valente. Eu não... gosto da praia quando todos se vão embora e quase tenho a praia só para mim.
Ouvir o som da gaivotas e das ondas a rebentarem, sentir o silêncio que chega depois da multidão desaparecer.... é a melhor parte de uma ida à praia. Vão-se embora, quero a praia só para mim.

3 de agosto de 2006

A casa abandonada

Há pormenores na cidade que me despertam atenção, mesmo parecendo que mais ninguém repara ou acha fascinante.
Um exemplo é esta casa (aparentemente abandonada) que fica mesmo à beira de uma estrada principal. Passam diariamente centenas de carros e pessoas por esta estrada, mas acho que ninguém olhou para esta casa com olhos de ver.
À noite, é daquelas coisas que me arrepiam os pelos da parte de trás do pescoço. Sabem, aquela sensação estranha que temos quando estamos perante algo misterioso e fascinante.
São estes pormenores que eu adoro ver e explorar. Se calhar não teria coragem de ali entrar, mas só de estar ali perto, não sei... inflama-me o imaginário ao ponto de o fantástico e surreal me parecer incrivelmente real.