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29 de setembro de 2008

Decisões

Quais são as melhores decisões? As que são tomadas no ímpeto de um momento, ou as que são cuidadosamente estudadas e preparadas?

Não sei a resposta para essa pergunta. Mas tenho constatado que na vida as minhas melhores decisões foram as que nasceram de um impulso, de uma vontade imensa de mudar, de passar para a fase seguinte, de sair do mesmo lugar. Quando digo "melhores decisões" não quero com isso dizer que essas decisões, essas escolhas mais tarde, numa outra altura de minha vida não me venham atormentar, quero dizer que essas decisões deram-me frutos que pude colher e verificar que os passos que damos na vida têm sempre um porquê, têm sempre uma razão de ser e se tivermos o impulso, o instinto quase incontrolável de seguir um caminho, de abrir uma determinada porta, é porque algo nos espera no final desse caminho, é porque algo de importante vai nascer dessa opção que tivemos.

Mas no momento de decidir, há sempre a dúvida. Vou, não vou, fico, não fico. Nada é certo. Mas é preciso arriscar e seguir essa vozinha que nos diz que temos de mudar.

E eu vou segui-la.

12 de setembro de 2008

Cabelos brancos

Sempre ouvi dizer que para cada fio de cabelo branco que arrancamos, crescem sete. Até há não mito tempo tinha a mania de arrancar um ou outro que sorrateiramente espreitava por entre os cabelos negros. Arrancava-os, nunca liguei a esse ditado. O que é certo é que eles cresceram como se fossem cogumelos em terra fértil. Hoje com 36 anos (a caminhar velozmente para os 37) reparo que já não tenho apenas feios de cabelo branco solitários que se perdem no meio do negro, mas sim uma discreta madeixa que teima a formar-se bem no cimo da testa, tornando quase impossível a tarefa dos os disfarçar.

Mas não responsabilizo o ditado e o facto de ter arrancado os solitários cabelos brancos de outrora. Simplesmente cheguei à conclusão que chegou a altura de eles começarem a desabrochar em todo o seu esplendor. Podia ser pior, podiam ser verrugas, essas eu não iria conseguir suportar do alto dos meus 36-quase-37 anos.

Dois sentimentos opostos invadem a minha alma todas as manhãs quando me olho ao espelho e me deparo com esta nova realidade, esta nova etapa da vida. Primeiro a indignação. Que feios que são estes malditos cabelos brancos, bolas não vão com nada. A seguir vem a resignação. Estão ali como espécie de medalhas representado sabedoria, experiência, maturidade e enfim, a chegada do outono da vida. Se não for isto, são as preocupações penso, isso as preocupações dão cabo de uma pessoa. Contemplo-os mais uma vez e outros sentimento rasga abruptamente o sereno momento de resignação. A negação. É preciso minimizar os estragos. Vou ter de disfarçar toda esta sabedoria, vai muito mal com jeans. A maturidade não tem de ser representada por meros fios de cabelos prateados. Simplesmente é. Portanto, decido que vou pintar o cabelo de uma cor que confira um ar mais fresco à minha pessoa.

Agora o dilema. De que cor vou pintar os sábios cabelinhos brancos que teimam em aparecer no meio do escuro? Tenho que pensar muito bem.

Sempre quis ser ruiva.

14 de agosto de 2008

J.O.

Admito e admiro a excelência demonstrada pelos atletas chineses nos Jogos Olímpicos, mas pergunto-me várias vezes se eles serão capazes de emoções fortes, daquelas que fazem com o nosso coração bata mais forte e as pernas fiquem bambas.

Enquanto alguns atletas de outros países vibram e emocionam-se com o 2º e 3º lugar no pódio, se observarmos os chineses, vemos que, apesar de estarem a levar as medalhas todas, não celebram a vitória de forma calorosa. Quase parece que aquilo de ganhar é uma obrigação, um resultado que não poderia ser de outra forma. Todo aquele empenho, todos aqueles anos a fio a treinar (começam a treinar numa idade em que a maior parte das crianças brinca) tem como único objectivo mostrar ao resto do mundo que são exímios naquilo que fazem (basta ver a cerimónia de abertura). Celebrar a vitória, sim, mas de forma contida. É uma celebração tão fria como a expressão nos seus rostos , um sucesso cujo sentido de ser não se percebe muito bem. Se calhar sou eu quem não percebe.

Valerá a pena tanto sacrifício, ou será que o sacrifício é uma forma de estar e viver para este povo?

27 de junho de 2008

23 de junho de 2008

Os bronzeados

A exposição da pele aos raios ultravioletas faz com que células especiais (melanócitos) produzam mais melanina, pigmento que escurece a pele. A melanina é, naturalmente, um protector solar e reage pela agressão dos raios solares.

Repito este texto na minha cabeça cada vez que vir uma pessoa bronzeada na rua, para não lhes rogar nenhuma praga do tipo "logo à noite hás de ser atacado por pequenas e chatas melgas que te hão de morder esse pele toda bronzeada"

(este ano não tenho direito a bronze por causa das "horas perigosas" em que não posso pisar a praia por causa do meu filhote)

19 de junho de 2008

Sinto-me mal

Por ter dito quando vinha para casa que o nacionalismo associado à selecção já me estava a irritar. O trânsito estava um caos mas as pessoas estavam todas contentes nos carros com os seus cachecóis e t-shirts a dizerem "Força Portugal". Eu com pressa para chegar a casa e pensei que, com tudo o que está a acontecer neste país, os portugueses deviam era usar essa energia para outras coisas, mas isso sou, que não ligo patavina ao futebol.

Mas depois de ver a desgraça de prestação que a equipa nos ofereceu no jogo contra a Alemanha, e de ver nos olhos de adeptos que gastaram dinheiro para irem apoiar a selecção a profunda desilusão de um sonho desfeito, fiquei com pena de todos os portugueses por terem confiado tanto nesta selecção.

Bola para a frente. Existem outras coisas que nos podem dar alegrias.

Nova paragem

Hoje o país vai parar outra vez. Acho que vou aproveitar para fazer duas coisas que nunca faço por causa das filas. Ir ao cabeleireiro e abastecer na bomba do Jumbo.

16 de junho de 2008

Pés mimados, alma lavada

Chegou o calor e tenho reparado que as mulheres andam com as suas sandálias novas revelando pés bem arranjados, unhas curtinhas e bem pintadas, a pele suave, pêlos inexistente e outros "arranjos" apenas possíveis se fizermos uma boa sessão de pedicure, coisa que nunca fiz mas tenho de começar a fazer. Razão, muito simples. Tenho olhado para os meus pés ultimamente e depois de ver esses tais pés de cinderela, vejo que os meus estão muito maltratados, coitados. Não têm recebido os merecidos mimos. Afinal, são a parte do corpo que mais sofre e cujo valor muitas vezes não reconhecemos. Ora, em relação aos meus pés, eu reconheço que não tenho reconhecido o seu valor. Olho para eles e penso "coitadinhos, aí tão desprovidos de brilho e cor". É que há imensas formas de mimarmos os nossos pés e que eu desconhecia. Existem cremes (muitos cremes), um para hidratar, outro para retirar peles que não fazem falta ali, um óleo especial que ajuda prevenir secura entre os dedos e no calcanhar, existem vários pequenos instrumentos que servem para tratar das unhas, retirar peles, existem vernizes de infinitas cores, enfim, uma panóplia de coisas que ajudam no processo de "criar" um aspecto saudável e bonito aos pés, tão bonito que poderemos exibi-los em variadíssimas qualidades de sandálias da moda.

Eu desconhecia, ou melhor, ignorava estes pormenores no tratamento aos pés. O pé para mim apenas servia para andar, nunca mas nunca liguei a essa coisa de pedicure (sempre achei que era mais um capricho maricas das mulheres). Mas depois de ver o ritual que as minhas irmãs fazem para que o pé fique naquele estado impecável, cheguei à conclusão que a estúpida era eu, que andei este tempo todo a menosprezar os meus pés e a mostrá-los ao mundo de qualquer maneira. Não é que tenha os pés feios e maltratados, mas não são "mimados", não fazem parte dos meus cuidados de beleza usuais. Tiro os pêlos dos dedos com uma pinça e sem qualquer convicção e carinho e aplico creme às três pancadas. Não me ralo minimamente com os pormenores. Ora, não é assim que se deve tratar um pé!

De forma que, prometo aqui a agora aos meus queridos pés passar a olhar para eles e tratá-los de outra forma. Caramba, eles até são bonitos!

11 de junho de 2008

Neste momento

uma parte dos portugueses está a tentar abastecer nas bombas em enormíssimas filas, outra parte trabalha (contrariada) outra parte prepara-se para ver o jogo e os restantes não sei o que fazem, provavelmente escrevem posts idiotas como este.

Vou beber café que está na hora.

6 de junho de 2008

Vai uma gaja a andar na rua, num dia cheio de sol e calor, com roupinha de verão e de repente ouve um assobio e vira-se para descobrir que não era assobio coisa nenhuma mas sim o barulho do autocarro, sabem aquele barulho que umas vezes parece assobio e outras vezes um peidinho).

Bah, merda para isto! Antigamente ainda ouvia um ou outro piropo dos gajos das obras, agora nem isso. Chiça, podiam fazer-me a vontade de vez em quando. Mas não, eles querem-nas novinhas e boas, muuuito novinhas e boas.

Até tenho medo de dizer isto

Mas parece que o tempo bom está a chegar!!!!