20 de outubro de 2008

Coisinhas que me irritam

Se calhar sou eu, mas eu já estou a ficar fartinha desta gente que anda na estrada. Mas fartinha até à ponta dos cabelos, mesmo os espigados.

Mas nem tudo é mau.

Este sábado tive a RARA oportunidade de poder dizer o que penso à pessoa que cometeu a infracção ou a indelicadeza rodoviária.

O que se passou foi o seguinte. A minha querida mãe pediu-me o favor de ir levar a cadela dela (a Margarida) ao Vet para tomar banho. Resolvi ir a pé porque aproveitava a caminhada e a Margarida que é uma cadela de casa que nunca sai à rua aproveita para apanhar ar nas ventas. De forma que íamos as duas contentes por essas ruas fora, ela a cheirar tudo e eu a puxar a trela com força para ela me acompanhar. A dada altura temos de atravessar a rua. Claro está, opto pela passadeira, que supostamente é um "espaço" reservado à passagem e protecção dos transeuntes. Lá vamos nós todas contentes, quando vem um carro branco (velho) disparado não sei de onde, já nós íamos a meio da passadeira, e não pára. Pude ver de relance que era uma senhora de uma "certa idade", nem velha nem nova, ali no meio. Pois a senhora "de uma certa idade" teve a distinta lata continuar a acelerar como se ninguém estivesse ali. E eu que pensava que essas respeitáveis senhoras não faziam coisas destas. Com isto quase atropelou a Margarida que ia um pouco mais à frente e pregou-me um valente susto. Ainda gritei "Isto é uma passadeira minha senhora" mas mais por desabafo porque sabemos nunca ninguém nos ouve ou então fingem que não ouvem.

Agora a parte interessante, a pièce de resistance.

A senhora mal educada, que pensava se ter livrado da minha pessoa, uma simples melga que desabafou uma insignificância qualquer enquanto fazia o seu trajecto, teve o azar de apanhar um semáforo mesmo ali à frente e que, mas uma vez, por azar ficou vermelho. A senhora não sei o que pensou naquele momento. Eu sei o que pensei: "Vou lá dizer umas verdades àquela tonta". E fui, decidida a descarregar a figadeira ali mesmo. Confesso que sou um pouco implusiva e não consigo ficar calada perante injustiças sociais e outras que mais, mas aqui não fui impulsiva, não precisei ser. Continuei calmamante o meu trajecto até chegar perto do carro, que ainda se encontrava parado no semáforo (há dias de azar para algumas pessoas, esse dia foi o dia de azar para aquela senhora que devia estar a rezar para que a fila andasse). Quando cheguei perto do carro, verifiquei que a senhora tinha o vidro subido. Devia estar a pensar que me calava. Bati 3 vezes no vidro do carro, a senhora olhou para mim meio perplexa meio assustada e eu disse-lhe (entretanto já havia mais uns quantos carros atrás)

"Olhe, para a próxima parte-lhe a boca toda, está bem".

E segui o meu caminho com a Margarida e nem olhei para trás.

Deduzo que a senhora deve ter ficado no mínimo constrangida. Espero que tenha pelo menos ficado constrangida. Não esperei que ficasse cagadinha de medo porque eu com aquela cadela minúscula, diga-se de passagem não metíamos medo a ninguém.

História verídica.


3 comentários:

Mariana de Barros disse...

Olá, obrigada pelo comentário.

Não tenho tido muito tempo para vir aqui escrever, mas sabendo que há quem leia, dá-me mais incentivo.

Saudações ;)

Atlantys disse...

A minha clome têm-nos no sítio!!!
(ao contrário de muito boa gente que conheço hahahahahaha =D)

Bêjoooooooooooo grandeeeeeeeeeeeeeeeeeeee =)***

Sódadissssssssssssssssssssssssssss

alfacinha disse...

A senhora tem a sorte de não estar atropelada mas afinal entrega um assunto cativante para escrever .
os cumprimentos