Chama-se Nany

...a pequena grande maravilha que me veio parar aos braços. É verdade, mais um animal indesejado pelos "donos" (entre aspas porque quanto a mim, não somos donos animal nenhum apesar da nossa prepotência nos levar a acreditar que sim). A história da Nany é a mesma de muitos outros animais. Para quem a tinha, deixou de ter piada, deixou de ser útil e deixou de ser merecedora de um lar. Para quem a tinha, a melhor solução pareceu deixar o animal num barracão de uma horta para não seja um estorvo ou prejudique a saúde de um dos membros da família. Enfim, as desculpas são inumeras, mas nenhuma justifica o abandono que os animais sofrem, um trauma que fica para sempre.

Dizem que os animais abandonados ficam eternamente gratos à pessoa que os acolhe, mas que vivem sempre com o medo de serem abandonados novamente. Não consigo entender como é possível alguém conseguir dormir à noite sabendo que usurpou ao animal toda a dignidade e confiança que possuiam. Num ápice e sem um pingo de remorso. Não entendo e jamais irei aceitar.

A Nany tem estado connosco em casa. É um mimo, uma verdadeira preciosidade. É extramente esperta, meiga, obediente e brincalhona. Ainda é novinha, tem 1 anito nota-se no olhar a inocência e vivacidade de uma criança. A raça que vem na ficha dela é indefinida, mas parece ter "linhagem" de canino fino, o Dachsund, só que mais peludinha.

Tenho feito um esforço enorme para arranjar alguém merecedor, mas até agora sem sucesso. Se eu já não tivesse duas gatas ou tivesse um quintal onde poderia brincar os três, nem me teria dado ao trabalho, ficaria com ela sem pestenejar.

Houve um senhor que quis ficar com ela, mas descobrimos que ele apenas a queria como isco para as lutas dos seus pittbulls. Ok, isto sinceramente já cansa.

Portanto, vou deixar aqui o apelo. Pode ser que apareça alguém que a queira e seja digno de a ter como membro da família porque ela realmente merece isso e muito mais.



Chama-se Nany, é a cachorrinha dos olhos de criança.