11 de setembro de 2006

Changes

Este fim de semana foi completamente inútil. Não sei o que me deu. No sábado acordei tardissimo, não me apeteceu fazer nada, e não fiz. No Domingo a mesma coisa. Estava numa dormência terrível. Não me apetecia ver ninguém, não me apetecia estar em casa nem sair para lugar algum. Que perda de tempo. Pus-me a escrever um pouco, mas não me ocorria nada. Tentei ver televisão e nada me interessava. Que merda, pensei eu... hoje não faço nada da minha vida.
Deve ser pecado desperdiçar assim o tempo. Mas há dias assim. Há dias que me apetece fazer tudo e nada ao mesmo tempo. Há dias em que não me apetecer ver ninguém, nem a mim mesma, nem comigo mesma falar. Só o vazio nos preenche nestes momentos. Um vazio angustiante ao ponto de nos questionarmos mas que raio faço eu aqui, se não estou a fazer nada de útil?
A reposta: rotina. É a rotina que está consumir-me.
Preciso estar longe de tudo e de todos, para ficar mais perto de mim mesma.
Preciso sair de onde estou. A mudança é urgente. Preciso ver caras novas, ruas, hábitos e pensamentos diferentes. Este ar saturado já me sufoca, as pessoas afrontam-me. Por onde quer que me vire, nada.
Preciso aprender novas linguagens, novas danças, sei lá... qualquer coisa que me tire desta apatia social. Todos me parecem absurdos, idiotas e completamente ausentes da minha realidade.
Preciso sair daqui, nem que seja para sentir vontade de voltar.
A mudança é a única coisa que me faz sentir viva. Ficar no mesmo lugar e espaço significa parar de viver. E eu não quero parar a vida.

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