23 de junho de 2006

O cabeleireiro

Hoje fui ao cabeleireiro, teve que ser. Não é coisa que eu goste muito de fazer, mas chega uma altura em que não dá para adiar mais. Quando começo a notar que largo cabelos por toda a parte e que já não consigo enrolar o cabelo nos dedos como eu gosto, decido fazer uma visita à Luisa, que é a minha cabeleireira de eleição. É a única pessoa que eu deixo mexer no meu cabelo com aqueles utensílios todos. Confio nela. Mas por norma, não confio em cabeleireiro nenhum porque arranjam sempre forma de fazer o que eles querem e não o que nós pedimos. Acreditam ter o dom de saber com uma a inegável certeza, qual é o corte ideal para nós. Por isso não confio.

Mas não só nisso que sou esquisita com cabeleireios. Eu faço uma coisa que duvido que qualquer outra mulher faça. Assim que chego a casa do cabeleireiro, lavo a cabeça e ponho o cabelo ao meu jeito, ou seja, solto e livre. Não gosto de cabelos armados, nao gosto de cabelos na testa e não gosto de cabelos com jeitos que limitam a sua forma livre de ser. Serei esquisita? Talvez não seja a única a pensar assim, mas pelo menos daquilo que vejo nos cabeleireiros, parece-me que aquelas mulheres estarão dispostas a não se mexer para manter aquele penteado caríssimo que lhes custou duas horas de posições desconfortáveis em que estamos entregues àquela cabeleireira. Eu não. Eu chego lá, peço o habitual: lavagem e corte. Elas secam-me o cabelo, mas nem fazia questão disso...até porque chego a casa o desfaço o trabalhinho do mãos que elas tiveram. Quero despachar-me o mais depressa possível. Não sei como certas mulheres têm a paciência de estarem ali três ou quatro horas! O dia em que tiver de pintar os branquinhos estou tramada.
Mas esse dia ainda não chegou. A minha próxima visita será daqui a uns cinco meses. Está bom assim. Não há pachorra. Há certas coisas em que penso se não tudo não seria mais simples se tivesse nascido gajo.

1 comentário:

Mariana de Barros disse...

para a próxima já sei!