
Agora não consigo ir para discotecas. Não porque deixei de gostar de dançar, mas porque acho que já não é o meu "sítio", já não me sinto bem a circular e dançar por entre rostos estranhos e ver que à minha volta todos procuram o mesmo: reconhecimento. Pergunto-me...era isso que procurava quando saía? Não sinto que tenha sido isso, porque eu realmente adoro dançar...é como se todo o peso sobre os meus ombros desaparecesse como por magia, é como entrar numa outra dimensão, uma especie de transe...mas talvez em parte as idas à discoteca estivessem intimamente ligadas a uma necessidade de reconhecimento, de nos sentirmos atraentes perantes os outros, para que não nos sintamos tão sós.
Tentei há algum tempo fazer a experiência e saí. Aproveitei que um amigo meu ia fazer a festa de anos dele numa discoteca africana na Costa e fui. Dancei quase todo o tempo que lá estive, mas foi um tempo muito mais curto do que outrora. Quer dizer, em vez de aguentar até às 7 da matina a mexer o esqueleto, chegando as 3 da manhã já não aguentava os sapatos, o fumo, o barulho, a confusão! Pensei "credo tou mesmo a ficar velha!". Mas não, apenas já não me sinto "em casa" nestes lugares, olho à minha volta e vejo que o pessoal tem a idade que eu tinha há alguns anos atrás. Que eu tinha, já não tenho. Hoje em dia prefiro um bar onde nos possamos ouvir ou uma boa jantarada em casa de amigos ou na minha.

Será que deixamos de querer reconhecimento ou será que tem a ver com madurecimento? Será um escape para a solidão ou será apenas uma distracção?
Digam de vossa justiça. Quanto a mim, eu só penso que já me diverti muito em discotecas, durante vários anos, numa juventude apressada. Mas essa fase já passou. Há quem nunca tenha ido a uma discoteca e acorda um dia e apercebe-se que a vida lhe passou ao lado e tenta acompanhar o passo e compensar o tempo perdido ... mas para mim os melhores momentos passados nas discotecas e bares acontecem quando não temos outras preocupações a não ser estudar e viver a vida ao máximo.
E mesmo assim, eu preferia ter passado mais tempo a viajar e menos tempo nas saídas à noite!
6 comentários:
Eu nunca tive paciencia para Discos, primeiro pk o grupo de amigos tb não era adepto, depois pk nunca me senti muito bem em ambientes cheios de fumo, as discos que haviam aki no Barreiro nunca foram locais muito apeteciveis e tb pk tenho uma Mae galinha que nunca se deixava de dormir sem os filhotes estarem no ninho. Quanto ao que perguntas, acho que é por estares mais velha e sem paciencia (que nunca tive) para aturar certa criançada que anda nesses "antros". Continuo a preferir um bar, com musica ambiente onde podes falar sem ser aos berros.
É a PDI miga, é a PDI :-p
De vez em quando ainda gosto de uma boa noitada de disconight mas também já não tenho grande pachorra de facto.
Nada se perde, tudo se transforma. Não perdeste o espírito de te divertir apenas mudaste a maneira como o fazes. Se é melhor ou pior, cabe a cada um decidir onde se sente mais a vontade. Eu cá tenho saudades das noitadas e a liberdade que com ela seguia, hoje não o faço porque tenho outras prioridades outras vontades, mas sempre com a pulga de trás da orelha para voltar a sentir aquela excitação, aquela liberdade, estar entre estranhos e saber que seja qual fosse as maluquices que fizesses, ficava entre estranhos.
Ora benhe....
Aqui o je também nunca foi adepto de discotecas! Fui uma vez à Salsa Latina e gostei (mas era considerada uma discoteca de "Cotas" e tal) e depois fui uma segunda vez a outra que já nem me lembro o nome e adormeci!!! Acreditem! Adormeci e não era por estar com os "copos"....só que fiquei a tomar conta dos casacos daqueles que se estavam a divertir e pronto....foi um bom momento.
Depois disto, faço um balanço (não muito acentuado para não partir nada em casa) e constato que sempre fui um "cota" disfarçado de puto... Se me arrependo? Naaaaaa....Não somos todos iguais, né verdade! Logo se eu sou assim, é porque é para deixar estar assim!
Agora para um barzinho simpático, com múseeeeca à maneira e na converseta com malta fixe já podem contar comigo.
Ainda relativamente às discotecas, associo-as sempre áquela fase em que mesmo no meu grupo de amigos haviam uns quantos, cuja diversão passava única e exclusivamente pela bela da "buba" de caixão á cova seguida de discoteca até às não sei quantas. Como felizmente sempre me consegui divertir sem estar bêbado e sem dançar ao som de UNTZZZZ!!!UNTZZZZ!!!UNTZZZZZ, não fico com pena de não os ter acompanhado mais vezes!
Uma vez também adormeci encostada a uma coluna adivinhem onde? No Alcântra Mar, lembram-se daquela musiquinha dos martlinhos? Pois adormeci com essa música..lol, mas entende-se, já eram umas 7 de manhã e quando saí para a rua até vi bolinhas azuis com o sol a bater-me de chapa nas fuças. Ah...belas noites em que a cama era uma verdadeira benção depois de uma noite dessas.
Eu agora é mais enrolar-me na relva com os putos tipo anúncio skip :D
Como a Claudia o disse e muito bem, mudaste a tua maneira de te divertir.
O meu ideal é conciliar tudo. Tou menos em discos tb ultimamente mas não abdico de uma boa desbunda, lá isso não abdico. Agora que aprecio cada vez mais a cultura, exposições, wine bars e cia lá isso é verdade.
Beijinhos :)***
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